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domingo, 26 de julho de 2015

A RETA JUSTIÇA DE DEUS


Jesus disse que, no antepassado, os pais falavam bem dos falsos profetas. Observem que os falsos profetas eram muito elogiados. Infelizmente há, nos dias atuais, também os que vendem o evangelho e por isso se tornam populares, porém é melhor sermos fiéis a Deus e odiados pelo mundo do que sermos populares a custo de nossas almas.
“Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas”. (Lc 6.27)
Esse trecho bíblico denuncia bem o que existia em forma de domínio e poder por parte dos saduceus e fariseus que, no tempo do Novo Testamento da época de Jesus, formavam o sinédrio, a cúpula de alto escalão em Jerusalém. Os saduceus ocupavam cargos importantes e eram ricos. A esses cabiam os cargos de primeiro sacerdote e o de sumo sacerdote e ainda assumiam a maioria dos lugares dos 71 membros do sinédrio; estavam mais preocupados com o poder político de que com o religioso.
Eles eram os aristocratas da época e não estavam interessados com a justiça que favorecesse os pobres, então todo seu tempo era empregado para agradar o poder político romano. Manter a ordem, naqueles dias, em Jerusalém, era seu trabalho principal. Portanto não se relacionavam bem com o homem comum. Eles eram muito prepotentes e achavam que Deus não estava interessado no seu envolvimento com o cotidiano.
Em contrapartida, os fariseus apesar de fazerem parte da elite política e religiosa da época, eram mais populares. Eles pertenciam a classe média alta da sociedade e por serem empresários tinham mais contato com o povo. No entanto Jesus sabia que, apesar da diferença entre a maneira que eles procediam em suas crenças, iriam se juntar aos saduceus para perseguirem a Ele e aos seus discípulos, pois ambos os grupos lutavam para agradar o governo romano.
Jesus assegura que segui-lo provocaria aos saduceus e fariseus uma afronta. Eles, por sua vez, agiriam com enorme retaliação para aplacar o desejo dos que intentassem pensar ou agir diferentemente de toda ordem que já estava posta. Portanto instigar o povo para uma causa social que levantasse o desejo da verdadeira justiça de Deus, poderia levar alguém aos tribunais, à prisão e até a morte.
Logicamente, nenhum poder que desejasse um clima de paz com o sinédrio, poderia agir da maneira que Jesus atuava e orientava seus seguidores procederem. Nenhum movimento sociopolítico da época de Jesus, seguiria suas orientações sem contrariar o desejo de Roma. Porém quem desejasse ser justo teria que dizer que as coisas da maneira que estavam não iam bem e que, no plano de justiça de Deus, estavam reprovadas.
Então foi exatamente o que fez Jesus. Denunciou toda injustiça dos poderosos e confrontou seus pecados para promover a verdadeira vontade do Pai. Ele também aproveitou a oportunidade para anunciar-lhes alguns ais por desprezarem a justiça de Deus. Ais de seus autoconfortos, de suas farturas e ais de suas alegrias injustas.
Portanto nunca nos esqueçamos da retidão, amor e misericórdia dedicados por Jesus, o Santo de Deus, que mostrou ao mundo seu interesse por nós. Ele contrariou todos os interesses da época para promover a reta justiça de Deus entre os homens, mesmo sabendo que isso o levaria à morte. Ele não se calou diante das afrontas e injustiças desse mundo. Ele provou ser nosso melhor amigo e agora sabemos que, se, porventura, algumas coisas, na vida presente, vierem nos faltar, Ele nos convida a confiar em sua justiça.
Por isso Ele nos pede para que aprendamos a ser pacientes e perseveremos em oração, porque Ele deseja revelar-nos a verdadeira vida com Deus. Ele nos chama para uma convivência consistente em que saberemos que só Ele pode suprir todas as nossas necessidades quer sejam emocionais, sentimentais, físicas ou espirituais.

Pb. Francisco Gomes

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