terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A CONTÍNUA PRESENÇA DE JESUS

O médico Lucas é o narrador do livro Atos dos Apóstolos. Baseou sua narrativa em testemunhos e fatos apresentados pelos apóstolos de Jesus. Ao iniciar sua narrativa, em (At 1.1-3), o evangelista menciona uma relação muito íntima de Jesus com seus discípulos e aponta momentos de elevada comunhão entre eles. Seus escritos são dirigidos a Teófilo e, logo, no primeiro versículo, afirma que os fatos narrados são um tratado. Ou seja, um estudo minucioso de tudo que Jesus começou não só fazer, mas a ensinar (At 1.1). Note que a ênfase dada por Lucas naquilo que deseja mostrar a pessoa a quem dirige sua pesquisa está tanto no ensinar quanto no fazer de Jesus.
O que ele pretende focar nesse livro é que o interesse a ser despertado em seus leitores deve ser o aprender como o fazer de Jesus se realizava. E nesse caso, por isso precisou mostrar a expansão rápida do evangelho e o crescimento de seus seguidores que se espalhou da Judéia até Roma.
O fazer de Jesus é uma ação que continua na vida de seus discípulos e que ainda pode ser aprendido nos dias atuais. Não se trata de uma situação do passado, mas acontece no presente e se estende para o futuro. Ele diz: não só fazer, mas a ensinar. Note que a ordem entre os verbos fazer e ensinar nos permite a leitura de ensinar enquanto se faz.
Jesus ensinava suas ações à medida que as tornava práticas. Por isso que Lucas, em princípio, narra os fatos, em seu primeiro tratado, as ocorrências de seu ministério terreno. No primeiro momento, ele apresenta a Teófilo, entre algumas outras coisas, vários sinais, milagres e maravilhas feitos por Jesus. Enquanto que, no segundo momento, no livro dos Atos dos Apóstolos, ele fala dos atos de Jesus ressuscitado, através do Espírito Santo. Isso deveria chamar a atenção de Teófilo para que ele entendesse que Espírito Santo levaria os discípulos de Jesus a continuarem seu poderoso ministério.

No versículo segundo, é nos dito que Jesus deu aos apóstolos que escolhera mandamentos pelo Espírito Santo. Mas o que Jesus ensinou a seus discípulos fazerem? Que instruções foram essas? Como deveriam realizá-las? Note que Ele não ensinou nada mais além do que já havia dito no seu convívio com seus discípulos antes da ressurreição. Quando estava com eles certa vez, notificou-lhes que enviaria o Espírito Santo para lembrar tudo o que lhes havia dito. Com isso entendemos que se havia necessidade da lembrança de seus ensinos era porque seria a vez dos discípulos serem levados pelo Espírito Santo a realizar a obra de Deus à medida que eram também ensinados. Veja que, em um momento da vida ministerial de Cristo, antes de sua morte e ressurreição, aos discípulos foi revelada a salvação de Deus. Porém, após sua ressurreição, eles deveriam lembrar-se de todas as coisas já lhes ensinadas e a principal delas era que Jesus é o fundador da fé cristã e que a estratégia das ações a ser continuada é dada por Ele. O desejo de Jesus é que a fé cristã prolifere abundante e rapidamente em uma ação que se estabeleça em todo o mundo, a prioridade da pregação de seu evangelho para o conhecimento e salvação de toda criatura. 
Portanto o Salvador está vivo e os guiará no caminho da salvação nas ações necessárias a serem feitas até a consumação dos séculos. Sua presença permanecerá para sempre com eles.
Pb Francisco Gomes

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