O
médico Lucas relata no capítulo três de Atos, logo após o milagre do paralítico
que pedia esmola na porta do templo em Jerusalém, o segundo discurso público de
Pedro. Ele, mais uma vez, descreve os acontecimentos que envolveram a relação
dos dois mais citados discípulos de Jesus: João e Pedro com alguns israelitas
após a ressurreição de Jesus. Através de muitas minúcias, Lucas transmite uma
mensagem bastante firme ao mostrar detalhes riquíssimos desses fatos. No
milagre do paralítico que era levado à porta do templo para pedir esmolas todos
os dias, o médico deixa muito clara a convicção do apóstolo Pedro de não poder
atender a solicitação do mendigo que lhe pede uma esmola, pois ele não possuía
recursos para dirigir ao necessitado algum tipo de ajuda. Porém ele pede ao
paralítico que olhe para eles. E a expectativa do pedinte aumentou, pois
aguardava alguma coisa deles. Porém, naquela tarde, ele não receberia algo da
parte de Pedro e João, mas da parte de Jesus Cristo, o Nazareno. Pedro
disse-lhe: “Levanta-te e anda.” A fé
em o nome de Jesus deu-lhe perfeita saúde. (At 3.16).
Lucas
narra que os pés e os artelhos do homem se firmaram, ele pôs-se em pé e entrou
no templo com Pedro e João saltando, andando e glorificando a Deus. Não sabemos
se o apóstolo Pedro já havia, em outra ocasião, encontrado aquele homem na porta
do templo, mas, provavelmente, pelo fato de ele ser levado todos os dias para
aquele lugar, não era um desconhecido. Visto que ele também frequentava o
templo nos momentos de oração constantemente. O dia do milagre daquele
paralítico chegou. Deus não o queria esmolando e livrou-o daquela situação
humilhante. Isso nos faz pensar que Deus tem as respostas para toda necessidade
humana e na hora certa ele vai agir e operar o milagre que precisamos. A graça
de Deus é dada a toda humanidade. Ainda hoje, precisamente, nesse exato
momento, Ele está realizando tantos outros milagres, atendendo as mais diversas
carências em todo mundo. Ele não se cansa nem se fadiga e não há limite para
seu amor. O mais surpreendente foi a reação daqueles que conheciam o coxo que
fora curado. “Eles ficaram cheios de
pasmo e assombros” por verem o paralítico curado. Talvez buscassem entender
como aquilo se realizara e de onde veio o milagre que o tornara são.
No
alpendre de Salomão, o povo encontrou o ex-coxo junto com Pedro e João. O olhar
da multidão para eles já os preocupava, pois parecia querer atribuir tal feito
a eles. Porém Pedro os advertiu que o milagre operado na vida do paralítico de
fazê-lo andar não foi pela sua própria virtude ou santidade. Porém aquele milagre
se realizou pela fé em o nome de Jesus. É importante salientar que Pedro não
focou a cura do paralítico como resultado de seu mérito ou poder de influência
com Jesus. Ele destinou toda a glória para aquele que tem todo o poder no céu e
na terra (Mt 28.18). Ele tinha perfeita consciência de que fora chamado por seu
Mestre e enviado ao mundo para ser apenas testemunhas de sua morte e
ressurreição. Jesus não o comissionou para ser um fazedor de milagres e atrair
muita gente após si. Portanto ele inicia um belo discurso e, pela segunda vez,
aponta Jesus Cristo como a razão para tão grande poder entre eles.
Naquele
momento, todos, ao ouvirem o discurso de Pedro, pareciam se sentir em um banco
de réus. Mas foram aliviados em seus sentimentos, por serem vistos pelo
apóstolo Pedro como ignorantes em suas ações. Em vez de ficar lançando culpa
sobre os seus coirmãos, ele convoca-os ao arrependimento e à conversão para que
o perdão de Deus chegue até eles. Além disso, Pedro lembra-lhes as Escrituras
acerca do que elas informam sobre Jesus. Portanto leva-os a compreender que
ainda existe um pouco de tempo para que se arrependam e revela-lhes que o
Cristo ressuscitado foi enviado primeiro a eles para abençoá-los. (At 3.26).
Ainda
hoje, a cura divina e a intervenção miraculosa de Jesus são efetuadas, Ele pode
restaurar tanto física quanto espiritualmente a humanidade desmoronada, pois Ele
não mudou. (Hb 13.8). Porém estão acontecendo muitas coisas esquisitas em
movimentos ditos evangélicos, por alguns líderes religiosos, principalmente,
nas últimas duas décadas. Esses se preocupam muito mais em divulgar o nome das suas
instituições, e a exaltação dos seus próprios nomes. Eles manipulam com
técnicas e muitas charlatanices alguns incautos que se submetem à maldade e ao
engano de seus corações. Jesus já nos advertiu que tivéssemos cautela com os
tais, eles estão em muitos lugares, espalhados em todo o mundo (Lc 21.8). O
apóstolo Paulo, em sua segunda carta a Timóteo, certifica-o dos falsos líderes
que surgirão, mas orienta-lhe sofrer as aflições de Cristo como um bom soldado.
(2Tm 3.1-5; 2Tm 2.3).
Que
Deus nos ajude a discernir, pelo Espírito Santo, as astutas ciladas do
enganador de nossas almas. Entreguemos toda a nossa vida ao Senhor dos
senhores, pois estará para sempre conosco e não poderá morrer jamais. (Mt 28.20b).
Pb Francisco Gomes
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