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sábado, 15 de junho de 2013

A BUSCA DA JUSTIÇA DE DEUS NA ORAÇÃO

Pb Francisco Gomes
O ato de orar está relacionado, na Bíblia, ao contexto da justiça de Deus (Cl 4.1,2; Lc 18.3). Por isso podemos entender que a justa oração, requer do homem um coração quebrantado e atenção à vontade perfeita dEle. Sua resposta aos que oram é um ato de sua bondade pelo reconhecimento do direito que Ele próprio constitui através de Jesus Cristo, aos que clamam pela sua justiça e equidade. Ele por ser o justo juiz por excelência, não folga com a injustiça. Portanto sempre que Deus responde positivamente a petição de alguém é porque exerce uma obra de misericórdia ao aflito e necessitado (Lc 18.6-8).
Vale salientar que os direitos e deveres de todas as pessoas estão garantidos nas mais diversificadas leis, no entanto, muitas vezes, os cidadãos só usufruirão de alguns de seus direitos se eles forem questionados na justiça. Por isso é necessária a conscientização do cidadão do que lhe é facultado para poder usufruir de seus bens. Nesse caso, só há uma possibilidade de se alcançarem benefícios na garantia dos direitos que lhe são reservados: a reivindicação deles diretamente em uma legítima corte através de sua magistratura para receber a apreciação favorável de tudo que está sendo negado. Por esse instrumento, apresenta-se a quem de direito a omissão dos penhores na prática, solicitando o aditamento.  Caso contrário, as pessoas viverão sempre a reclamar a quem não poderá resolver seus problemas e melhorar determinada situação na vida.
Nós nos tornamos cristãos e, paulatinamente, começamos sentir falta de várias coisas no nosso dia a dia. A nova vida em Cristo requer novos instrumentos do caráter que se encontra em Deus. Há uma lei a ser compreendida. Há direitos e deveres reservados a serem observados (2Co 5.17). A vida no mundo da velha criatura sem lei e sem limites fica para trás e uma nova vida chega para ser aprendida.
Portanto a alternativa que se apresenta é a mesma de qualquer criança que nasce: agarrar-se a sua mãe para se alimentar dela.  Antes de nascer, a vida intrauterina a condicionava a se alimentar pelo cordão umbilical, depois que nasce, novo hábito se apresenta: precisa se alimentar por via oral. Portanto, no novo viver cristão, o novo homem, quanto mais se comunica com Deus pela oração tanto mais se fortalece em comunhão. Precisamos nos apegar totalmente a Ele.
O viver vitorioso na vida cristã é grande parte do resultado que dedicamos na oração. Os momentos com Aquele de quem recebemos conhecimento, sabedoria e fortalecimento através da comunhão com Ele, acarretam-se os melhores resultados de crescimento e edificação espiritual. Assim quem quiser vencer as tentações precisa reservar muitos momentos de oração com o Pai (Mt 26.41; Ef 6.18).
Nas provações e tribulações da vida cristã, existirão muitas dificuldades a serem vencidas. Mas, mesmo assim, é necessário que nos comportemos como legítimo cidadão do céu. Nisso precisamos lutar com as armas legítimas (Ef 6.10-18). Nada nos adiantará se não lutarmos legitimamente. A ansiedade, a mentira e o medo não poderão resolver nenhuma situação dessa vida ainda que seja mínima, por isso não podemos nos deixar levar por eles (Mt 6.25-33).
Então um fato importante que deve ser observado na convivência com Cristo é que tudo chegará para a nova criatura através da oração como uma dádiva de Deus em resposta ao seu pedido (Mt 21.22). Não devemos nos sobrecarregar dos problemas desse mundo, porém não será uma vida acomodada, sem luta, sem objetividade, que nos fará alcançar a posição adequada a que Deus quer que cheguemos.
Todas as dádivas necessárias para os seguidores de Cristo já estão a sua disposição, mas eles precisam recorrer a Deus em oração. Isso deve ser feito crendo que recebem e não com ansiedade. Além disso, a pessoa que crer deve ser calma, humilde, determinada e não ansiosa, presunçosa, determinante. A verdadeira oração é honesta, humilde e pessoal. Se formos perseverantes em orar, a resposta de Deus pode chegar antes que nossa oração termine (Dn 9.21; At 9.11; At 10.30).
Todos precisam saber, desde o início de seu encontro com Cristo, que, ao aceitarem a Jesus, entram para o reino da justiça de Deus. As leis desse reino estão estabelecidas em sua vontade. Portanto o cristão não pode ficar triste ou revoltado contra seu Senhor se, por acaso, alguns de seus desejos não forem atendidos.
Há, na vontade de Deus, para esse reino, o princípio básico de extrema excelência que define o comportamento e o caráter se seus seguidores: o amor a Deus e ao próximo. Muitos pedidos são respondidos por Deus de maneira diferente do sentido que imaginamos receber, porque, às vezes, a razão da nossa oração pode ser uma afronta ao nosso irmão ou a Deus. A ação de Deus pode ser silente nesse momento, para que arrazoemos melhor nosso pedido a Ele.  Ele pode determinar que nosso coração seja aperfeiçoado pelo seu amor.
Por conseguinte seu amor, às vezes, requer perdão de algum delito e pecado cometido por alguém contra nós, ou de nós contra outrem. Deus está interessado a nos ensinar que ao perdoarmos aos que nos ofendem, estamos abrindo uma possibilidade de também podermos um dia ao infringir sua lei, que é o amor, reivindicarmos em nosso benefício o perdão.  
Então precisamos saber que, na nova vida com Ele, todos são tratados igualmente (Mt 6.9-15). Sempre que deixamos de amar alguém, pecamos. Ele não pode responder positivamente a uma oração pecaminosa. Pois há oração que se fosse respondida por Deus, contrariava muito mais a pessoa que estava orando do que por quem ela ora (Mt 6.5-8; Lc 18.10-14).
Então, nesse caso, a melhor oração é aquela que é respondida por Deus (Sl 6.9). Ficamos felizes quando nossa súplica é atendida e a calamidade que, então, assolava nossa vida passa. A brisa, a calmaria, o orvalho e o novo amanhecer se estabelecem. Ao ver a manifestação de Deus em todo o processo da convivência cristã, só conseguimos compreender bem o agir de Deus após as dificuldades passarem em cada etapa dessa vida.
Às vezes, em tempo de tribulações, e, quase sem esperanças, perguntamos a Deus: não existe outra forma das coisas existirem e por que acontece comigo desse jeito? Porém, somos chamados por Deus para viver nEle a esperança que jamais falhará, e Ele nos concede a fé necessária: aquela que jamais poderá faltar ao cristão, pois ela nos permite sempre crer que Deus nos ajudará no tempo certo. Esperando com paciência, nós nos fortaleceremos perseverando em oração (Rm 12.12).
Deus deseja responder sempre nossa oração, por isso, mesmo em momentos angustiosos pelos quais venhamos passar, Ele merece ser adorado. Ou seja, em qualquer tempo, ou, em qualquer circunstância, Ele deve ser louvado (Sl 66.20).
Devemos orar sempre em nome de Jesus, porque já temos a certeza de que Deus nos responderá. Em suas palavras e ações encontramos toda a justiça de Deus revelada para nós. Ele mostra isso quando diz a João no ato de seu batismo: “deixa, pois, agora para que se cumpra toda a justiça”. Em outro momento diz que nada se omitirá da Lei até que tudo seja cumprido (Mt 5.18).
Portanto é um grande privilégio ter um relacionamento duradouro com Cristo através da oração. Isso nos fará um cidadão dos céus mais crítico e consciente. Ele não quer que o busquemos apenas em momentos pontuais, esporádicos de nossa vida, mas quer que mantenhamos com Ele uma relação duradoura. Pois sabe que precisamos de seus conselhos. Através da oração expressa e sua palavra nós nos santificamos (1Tm 4.5). Muito embora sejamos pecadores, devemos esperar a salvação de Deus em todos os momentos de nossa vida. Pregando sua palavra e orando, pois Deus é o Salvador de todos, principalmente dos fiéis (1Tm 4.10).

Pb Francisco Gomes


Um comentário:

  1. Unir-se em oração é de extrema necessidade. Peçamos a Deus que nos ensine a orar, pois, a melhor oração é aquela que é respondida por Deus, conforme já foi falado.

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