Pb Francisco Gomes |
Vale
salientar que os direitos e deveres de todas as pessoas estão garantidos nas mais
diversificadas leis, no entanto, muitas vezes, os cidadãos só usufruirão de
alguns de seus direitos se eles forem questionados na justiça. Por isso é
necessária a conscientização do cidadão do que lhe é facultado para poder
usufruir de seus bens. Nesse caso, só há uma possibilidade de se alcançarem
benefícios na garantia dos direitos que lhe são reservados: a reivindicação
deles diretamente em uma legítima corte através de sua magistratura para
receber a apreciação favorável de tudo que está sendo negado. Por esse
instrumento, apresenta-se a quem de direito a omissão dos penhores na prática,
solicitando o aditamento. Caso
contrário, as pessoas viverão sempre a reclamar a quem não poderá resolver seus
problemas e melhorar determinada situação na vida.
Nós
nos tornamos cristãos e, paulatinamente, começamos sentir falta de várias
coisas no nosso dia a dia. A nova vida em Cristo requer novos instrumentos do
caráter que se encontra em Deus. Há uma lei a ser compreendida. Há direitos e
deveres reservados a serem observados (2Co 5.17). A vida no mundo da velha
criatura sem lei e sem limites fica para trás e uma nova vida chega para ser
aprendida.
Portanto a alternativa que se apresenta é a mesma de qualquer criança que nasce:
agarrar-se a sua mãe para se alimentar dela.
Antes de nascer, a vida intrauterina a condicionava a se alimentar pelo
cordão umbilical, depois que nasce, novo hábito se apresenta: precisa se
alimentar por via oral. Portanto, no novo viver cristão, o novo homem, quanto
mais se comunica com Deus pela oração tanto mais se fortalece em comunhão.
Precisamos nos apegar totalmente a Ele.
Nas
provações e tribulações da vida cristã, existirão muitas dificuldades a serem
vencidas. Mas, mesmo assim, é necessário que nos comportemos como legítimo
cidadão do céu. Nisso precisamos lutar com as armas legítimas (Ef 6.10-18).
Nada nos adiantará se não lutarmos legitimamente. A ansiedade, a mentira e o
medo não poderão resolver nenhuma situação dessa vida ainda que seja mínima,
por isso não podemos nos deixar levar por eles (Mt 6.25-33).
Então
um fato importante que deve ser observado na convivência com Cristo é que tudo
chegará para a nova criatura através da oração como uma dádiva de Deus em
resposta ao seu pedido (Mt 21.22). Não devemos nos sobrecarregar dos problemas
desse mundo, porém não será uma vida acomodada, sem luta, sem objetividade, que
nos fará alcançar a posição adequada a que Deus quer que cheguemos.
Todas
as dádivas necessárias para os seguidores de Cristo já estão a sua disposição,
mas eles precisam recorrer a Deus em oração. Isso deve ser feito crendo que
recebem e não com ansiedade. Além disso, a pessoa que crer deve ser calma,
humilde, determinada e não ansiosa, presunçosa, determinante. A verdadeira
oração é honesta, humilde e pessoal. Se formos perseverantes em orar, a
resposta de Deus pode chegar antes que nossa oração termine (Dn 9.21; At 9.11;
At 10.30).
Todos
precisam saber, desde o início de seu encontro com Cristo, que, ao aceitarem a
Jesus, entram para o reino da justiça de Deus. As leis desse reino estão
estabelecidas em sua vontade. Portanto o cristão não pode ficar triste ou
revoltado contra seu Senhor se, por acaso, alguns de seus desejos não forem
atendidos.
Há,
na vontade de Deus, para esse reino, o princípio básico de extrema excelência
que define o comportamento e o caráter se seus seguidores: o amor a Deus e ao
próximo. Muitos pedidos são respondidos por Deus de maneira diferente do
sentido que imaginamos receber, porque, às vezes, a razão da nossa oração pode
ser uma afronta ao nosso irmão ou a Deus. A ação de Deus pode ser silente nesse
momento, para que arrazoemos melhor nosso pedido a Ele. Ele pode determinar que nosso coração seja
aperfeiçoado pelo seu amor.
Por
conseguinte seu amor, às vezes, requer perdão de algum delito e pecado cometido
por alguém contra nós, ou de nós contra outrem. Deus está interessado a nos
ensinar que ao perdoarmos aos que nos ofendem, estamos abrindo uma
possibilidade de também podermos um dia ao infringir sua lei, que é o amor,
reivindicarmos em nosso benefício o perdão.
Então
precisamos saber que, na nova vida com Ele, todos são tratados igualmente (Mt
6.9-15). Sempre que deixamos de amar alguém, pecamos. Ele não pode responder
positivamente a uma oração pecaminosa. Pois há oração que se fosse respondida
por Deus, contrariava muito mais a pessoa que estava orando do que por quem ela
ora (Mt 6.5-8; Lc 18.10-14).
Então,
nesse caso, a melhor oração é aquela que é respondida por Deus (Sl 6.9).
Ficamos felizes quando nossa súplica é atendida e a calamidade que, então,
assolava nossa vida passa. A brisa, a calmaria, o orvalho e o novo amanhecer se
estabelecem. Ao ver a manifestação de Deus em todo o processo da convivência
cristã, só conseguimos compreender bem o agir de Deus após as dificuldades
passarem em cada etapa dessa vida.
Às
vezes, em tempo de tribulações, e, quase sem esperanças, perguntamos a Deus:
não existe outra forma das coisas existirem e por que acontece comigo desse
jeito? Porém, somos chamados por Deus para viver nEle a esperança que jamais
falhará, e Ele nos concede a fé necessária: aquela que jamais poderá faltar ao
cristão, pois ela nos permite sempre crer que Deus nos ajudará no tempo certo.
Esperando com paciência, nós nos fortaleceremos perseverando em oração (Rm
12.12).
Deus
deseja responder sempre nossa oração, por isso, mesmo em momentos angustiosos
pelos quais venhamos passar, Ele merece ser adorado. Ou seja, em qualquer
tempo, ou, em qualquer circunstância, Ele deve ser louvado (Sl 66.20).
Devemos
orar sempre em nome de Jesus, porque já temos a certeza de que Deus nos
responderá. Em suas palavras e ações encontramos toda a justiça de Deus
revelada para nós. Ele mostra isso quando diz a João no ato de seu batismo: “deixa,
pois, agora para que se cumpra toda a justiça”. Em outro momento diz que nada
se omitirá da Lei até que tudo seja cumprido (Mt 5.18).
Portanto
é um grande privilégio ter um relacionamento duradouro com Cristo através da
oração. Isso nos fará um cidadão dos céus mais crítico e consciente. Ele não
quer que o busquemos apenas em momentos pontuais, esporádicos de nossa vida,
mas quer que mantenhamos com Ele uma relação duradoura. Pois sabe que precisamos
de seus conselhos. Através da oração expressa e sua palavra nós nos
santificamos (1Tm 4.5). Muito embora sejamos pecadores, devemos esperar a
salvação de Deus em todos os momentos de nossa vida. Pregando sua palavra e
orando, pois Deus é o Salvador de todos, principalmente dos fiéis (1Tm 4.10).
Pb Francisco Gomes
Unir-se em oração é de extrema necessidade. Peçamos a Deus que nos ensine a orar, pois, a melhor oração é aquela que é respondida por Deus, conforme já foi falado.
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