“Eis que os filhos são herança do
SENHOR, e o fruto do ventre o seu galardão” (Sl 127.3).
É natural nos dias de hoje ao
pensarmos em herança, estendermos nosso pensamento para os valores materiais e
bens financeiros. No entanto, independentemente destes, todas as pessoas em seu
processo de vida recebem em seu comportamento determinadas predisposições que
as fazem herdeiras de outrem pelas características genéticas, culturais
sociais, etc. Os filhos, nesse caso, precisam ter semelhança de seus pais, pois
são aqueles que mais demonstram em seu caráter a afinidade com eles. E por isso
é sempre mister que, nas horas mais difíceis de escolha ou de tomada de
decisão, reúnam-se manifestando a defesa dos bens a que lhes competem. Na hora
de qualquer ameaça, fortalecerão as mãos dos pais mostrando-se valente diante
dos agressores de sua família. Isso para não interromper um legado que lhes foi
passado por eles.
Jesus Cristo, nosso Senhor,
nos ensina bastante sobre isso. Nasceu entre os homens e sempre exaltou o Pai
em todo tempo. Nunca elevou, em momento algum, sua pessoa acima do Pai, mas
disse: eu e o Pai somos um. Seu interesse era fazer a obra de seu Pai e a fez
com muita graça e sabedoria. Ele mostrou de fato como o Filho é a herança do
Pai. Tudo que Deus, o Pai desejou, Ele realizou. Nunca se mostrou contrário aos
interesses de seu Reino. Ensinou aos discípulos como orar e, nessa oportunidade
entre outras coisas, referiu-se à prática de sua vida cotidiana, de obediência
ao Pai. Ele disse: “Seja feita a tua vontade assim na terra como no céu”. Deixou
grande legado de ensino aos seus seguidores e ainda hoje, podemos mirar em
todos eles.
Portanto, Jesus ao se
referir aos discípulos, Ele diz ao Pai: não se perdeu nenhum dos que me deste.
Isso nos leva entender que a herança de Deus presente na vida dos discípulos
era tão marcante quanto na vida de Jesus. Ele viu em todos eles a semente do
Pai presente em suas vidas. Há algo que lhes transmitiu que precisamos
urgentemente entender: Jesus ensinou-lhes seu caráter e sua vida de comunhão
com Deus. Agora estavam aptos para continuar a obra de Deus na terra.
Quando chegou o momento que
teria de se oferecer em sacrifício pelos pecadores ao qual ato chamou de
cálice, entendeu que seus discípulos poderiam beber o cálice que Ele beberia,
porém o sacrifício perfeito pelos perdidos era de sua competência. Ele estava
disposto a sofrer toda a ira de Deus que era contra os pecadores, muito embora
fosse inocente. Assim suportou todo o sofrimento da crucificação sem hesitar.
Mas o caráter de Jesus
Cristo é mostrado mais uma vez aos seus discípulos após sua morte e
ressurreição. Ele chamou seus discípulos e deu-lhes mandamentos para que fossem
por todo mundo e ensinassem o evangelho a toda criatura. Era o momento exato
dos herdeiros do evangelho se mostrarem herdeiros de Deus. Receberem como
herança a responsabilidade de pregar o evangelho depois de serem salvos por
Cristo. "Sereis meus discípulos se fizerdes o que vos mando".
Eles obedeceram a Jesus e
pregaram o evangelho no mundo em que viveram. Demonstraram o que tinham herdado
em suas vidas e o que estava no seu ventre, ou seja, no seu interior, como
galardão de Deus. Portanto nesses últimos dias, precisamos como família de
Deus, desenvolvermos nos lugares mais diversos aonde chegarmos o que almejamos.
Precisamos pregar o evangelho de Jesus Cristo, pois é a salvação de Deus para a
humanidade. Assim mostraremos que somos também filhos e herdeiros do Senhor
quando, pelo seu Espírito, formos levados a considerar essa herança: fazer
discípulos em todas as nações.
Pb Francisco Gomes
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