Pb Francisco Gomes |
Jesus dá aos seus
seguidores um mandamento simples, “vão e façam discípulos de todas as nações,
batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a
guardar tudo o que vos tenho ordenado.” É bastante simples, eu acho que você
concorda. No entanto, temos duas formas comuns de responder ao claro
mandamento: Primeiro, nós respondemos ESPERE. Nós construímos nossas igrejas,
anunciamos nossos tempos de serviço e, então, esperamos que as pessoas venham
até nós. No entanto, Jesus não nos diz para esperar pelos outros. Devemos ir
até eles.
A segunda maneira
de lidar com esse mandamento é enviar os outros. A abordagem mais comum da
Igreja é a de assalariar “obreiros de tempo integral” para que eles possam ir
aos perdidos. No entanto, esses obreiros, muitas vezes, não levam consigo um
projeto evangelístico consistente para os lugares aonde são enviados. Eles
deveriam antes ser preparados pelos seus pastores. Olhe o conceito da Bíblia
sobre o ministério pastoral. Em Efésios 4:11,12, lemos: “Foi ele quem deu uns
para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para
pastores e mestres, para prepararem o povo de Deus para a obra do ministério,
para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos cheguemos à unidade da
fé”. O papel de um pastor é equipar as pessoas para o ministério.
Ao sair para
evangelizar, o evangelista precisa estar na sua melhor forma. Com toda ousadia
e confiança de que na orientação do Espírito Santo é que ele vai fazer o melhor
que puder para seu Senhor. Se eles não forem bem treinados estarão em grande
desvantagem e não importa quão duro eles trabalhem. Eles não serão capazes de
superar as dificuldades. Esses obreiros terão longas horas de trabalho,
sentindo-se culpados pelo trabalho inacabado, pois seus programas são
apresentados apenas em campanhas evangelisticas e, logo, param e retomam em
momentos sazonais acumulando suas atividades com um exaustivo trabalho na
congregação. É de se admirar que a Igreja faça pouco impacto nos dias atuais,
embora a frequência nos templos esteja em ascensão. Portanto com tanto trabalho
não sobra tempo para o evangelismo pessoal e consistente.
A dimensão da
evangelização pessoal vem de nós aprendermos a reconhecer o mundo em que
vivemos como nosso campo missionário. Se você trabalha em um hospital ou em uma
escola, se você vai a um restaurante, as pessoas que trabalham com você, o vendedor
que você encontra são o seu campo missionário. Se você é uma “dona-de-casa”,
então seu campo de missão são os seus filhos, amigos de seus filhos, e os pais dos
amigos de seus filhos. Não importa quem você seja, Deus traz as pessoas para a
sua vida todos os dias que se tornam o seu campo de missão. Estas são as pessoas
a quem você deve ir.
Além de reconhecer
o nosso campo atual de missão, precisamos trabalhar para expandi-lo. Temos que
olhar para fazer contato com os não-cristãos. E as pessoas com quem você
encontra regularmente no supermercado? E sobre as pessoas com quem trabalha,
mas nunca fala? E os seus vizinhos? Somos chamados a não esperar que eles
venham a nós, ou esperar por alguém para ir até eles. Temos que ir.
Jesus passou muito
tempo com os incrédulos. De fato, Jesus passou muito tempo entre os
não-cristãos. Ele foi chamado de comilão e beberrão, amigo de publicanos e pecadores
(Mt 11.19). Na verdade, deixe-me ser ousado, se não há pessoas que criticam você
por algumas das pessoas com quem você passa o tempo, se as pessoas não olharem
atravessado de vez em quando por verem você falar com determinadas pessoas, você
não está indo longe o suficiente. Os cristãos são chamados para ir a esse mundo
à procura de uma forma de apresentar Cristo por seu serviço ou declarar Cristo
em suas conversas.
Há
também a dimensão corporativa de uma igreja “fora das quatro paredes.” Se tomarmos
conhecimento de pessoas que estão sem se reunir em nossa igreja, nós queremos ter
certeza de que a nossa adoração e outros encontros são lugares onde você pode
trazê-las com seus amigos não-cristãos e eles não serem constrangidos. Isso não
significa que devemos comprometer a verdade do Evangelho.
Não podemos omitir
falar sobre o pecado, julgamento, arrependimento, a cruz, simplesmente porque
as pessoas acham esse tipo de conversa desconfortável ou desagradável. Se nós
comprometermos essas verdades já não somos mais uma igreja! E também, não
devemos colocar o ENTRETENIMENTO dentro do CULTO. Há uma tendência de querermos
entreter para agradar a multidão. Nós queremos que todos se sintam bem. No
entanto, o entretenimento é voltado para o público; culto é voltado para Deus.
Nossos métodos podem mudar, mas o nosso objetivo deve ser o mesmo. Queremos
chamar as pessoas para uma relação vital e genuína com Deus.
Pb
Francisco Gomes
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