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sábado, 2 de março de 2013

NÃO SOLTE O ARADO

Miss. Clésio U. de Araújo
“Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o Reino de Deus” (Lc 9.62).
Para quem não sabe, arado é um instrumento que o agricultor utiliza para lavrar (arar) a terra. Ele possui navalhas cortantes que descompacta o solo, e facilita a infiltração da água às raízes das plantas. O agricultor que é experiente, primeiro analisa bem o tipo de solo que vai utilizar, para o mesmo não trabalhar em vão, e quando ele põe a mão no arado, não olha para trás, ou seja, ele não abandona as ferramentas necessárias às etapas da semeadura, por mais que as dificuldades apareçam, pois o seu alvo é a colheita.

Mas, o que tem haver lançar mão ao arado com o Reino de Deus? É claro que o Senhor Jesus tão somente fez uma ilustração. Diga-se de passagem, as parábolas são narrações alegóricas que contém algum preceito moral. Na frase acima, Jesus nos ensina que para entrar no Reino de Deus, é preciso ser persistente e ousado, pois o Reino de Deus é tomado à força (Lc 16.16). Cada dia que passa, as dificuldades aumentam em todos os aspectos, são muitas as adversidades que apertam de todos os lados, é semelhante às dores de parto, quando a mulher vai dar a luz. Não importa o tamanho das barreiras, o nosso Deus está sobre elas e pode nos socorrer. Jesus avisou que o caminho é apertado e que teríamos aflições, porém assim como Ele, venceremos também. O apóstolo Paulo diz: “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; trazendo sempre por toda parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos” (1Co 4.8-10).
Esse grande apóstolo, Paulo, carregava um espinho na carne que o perturbava, ele orou três vezes ao Senhor para ser livre desse mal, mas o Senhor Jesus lhe respondeu: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2Co 12.7-9). Outro dia ouvi uma irmã se lamentar sobre a enfermidade que a consumia, e que já havia pedido muitas vezes ao Senhor para curá-la, mas não era atendida, então ela perguntou: Qual a razão da minha fé? Por que não sou atendida? Certo irmão respondeu - irmã, se o SENHOR quiser, Ele pode nos curar, porém eu entendo que a fé concedida por Ele foi para nos salvar, em primeiro lugar, da perdição eterna. Não importa as tribulações que ora passamos, se realmente somos cristãos autênticos, devemos dizer como Paulo: “Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas; estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome; tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Fl 4.12,13).
JESUS já nos curou da maior enfermidade que é o pecado. Você acha pouco? Quer estejamos com saúde no corpo ou não, certamente morreremos, o mais importante é que “em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor” (Rm 8.37-39).

Portanto, o agricultor só comerá os frutos da terra se não desistir. Se ele voltar atrás, como terá o pão para a sua sobrevivência? Assim é no campo espiritual, esforcemo-nos pelo Pão que desceu do céu; se olharmos pra trás, isto é, largar tudo, como entrar no Reino de Deus? Jesus antes de subir ao céu prometeu buscar-nos. Passarão o céu e a terra, mas, Suas promessas se cumprirão. Seguremos, pois, com mais firmeza o arado, olhando para o autor e consumador da nossa fé, JESUS. Que o SENHOR nos ajude. Amém.
Miss. Clésio U. de Araújo

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