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Clésio U. de Araújo |
O maior exemplo em busca
de pecadores para salvá-los foi dado pelo próprio Deus. Disse Jesus: “Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo
aquele que n’Ele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). E Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve
por usurpação ser igual a Deus, mas, aniquilou-se a Si mesmo, tomando a forma
de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem,
humilhou-se a Si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz” (Fl
2.6,7; ver Jo 1.1,14). Ninguém tem maior amor do que Deus.
Nós somos
os responsáveis pela evangelização, se assim não praticamos, é vergonhoso
sermos chamados de cristãos. O verdadeiro cristão pratica o amor de Cristo,
indo à busca da ovelha perdida. Será que hoje é necessário rogar ao Senhor que
envie obreiros para Sua seara? Certamente. Infelizmente a igreja hoje está
muito parecida com uma agência de promover eventos. Não foi para isso que Deus
em Cristo veio fazer neste mundo, e nem mandou seus discípulos promover tais
coisas, mas fomos chamados a anunciar as boas novas de salvação. Alcancei o
tempo que não se via festas de aniversários no santuário das igrejas, hoje já
virou rotina, separa-se um dia dentro da igreja só para isso. O centro das
atenções é o aniversariante, são muitos presentes, ornamentos, elogios e
comes-e-bebes. Meus irmãos, a única obra que Cristo mandou fazer foi
evangelizar. Enquanto Cristo saiu do Seu trono de glória em busca da ovelha
perdida, muitos ficam sentados nos púlpitos, esperando que os enfermos saiam de
suas casas para ouvirem seus "belos" sermões. Quem tem saúde é quem
deve visitar ao que está doente, e não o contrário. Os sãos não precisam de
médicos, mas, os doentes. Que lição tremenda Cristo nos dá dizendo: "O
Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a Sua vida
em resgate de muitos" (Mt 2028). Quando
Cristo formou Sua equipe de evangelizadores, enviou todos para o campo, nenhum
deles ficou ocioso, nem o próprio Mestre ficou de braços cruzados. Oh, que exemplo!
Só teremos condições de ensinar algo, se primeiro praticarmos, caso contrário
como poderemos dizer a alguém para fazer isso ou aquilo se não fazemos e nem
queremos fazer? Se compararmos aquela equipe com os obreiros da atualidade, que
diferença! Já ouvi dizer: "se todos forem ao campo, como cuidar de outros
serviços que têm nas igrejas"? Pergunto: foi assim que Cristo ensinou aos
seus discípulos?
Os
verdadeiros obreiros não são os que têm posições eclesiásticas, mas, sim, os
que estão ocupados na obra, de onde vem a palavra obreiro. É lamentável dizer
que alguns só almejam posições e títulos. Esses estão imersos em água parada
como pedras que não se movem, apenas cria lodo. Há outros que atravessam os
oceanos para dizerem que são missionários, mas o intuito é fazer turismo. Mesmo
sabendo das dificuldades que irão enfrentar, não desiste, o interesse é ganhar
status e fama para serem vistos pelos homens, e quando retornam, querem ser
mantidos por sua instituição. Vergonhosamente alguns estão comprometidos com
“mamon”, só fazem alguma coisa se forem pagos, não sabem que já receberam o seu
galardão, por isso há divisão, intriga, inveja e coisas semelhantes (1Tm 6.10).
Isso já existia nos tempos de Jesus, como diz a Escrituras: “Ai de vós escribas
e fariseus hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um
prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes
mais do que vós” (Mt 23.15).
Clésio
Ursulino de Araújo
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